Fizemos trabalho a pares, faltavam muitos alunos e alguns grupos ficaram com três elementos. A sala foi preparada para a realização da experiência e em cima de cada mesa foi colocado um pedaço de papel onde cada aluno deveria desenhar “o que achas que é a electricidade?”, um balão e pequenos bonecos de papel.
A tarefa teve início com o desenho que cada aluno elaborou sobre a electricidade, foi interessante verificar as concepções que cada um tem, uns desenharam os candeeiros, outros a televisão, um aluno desenhou os fios e escreveu que a electricidade são as correntes eléctricas, outro desenhou a luz, outro desenhou o candeeiro, a televisão, a tomada.
Passamos depois para a actividade experimental preparada, colocando a questão aos alunos:
- O que vamos fazer com o balão e com os bonecos?
-Meter os bonecos dentro dos balões. (Ruben, 6 anos)- Encher os balões. (Diogo, 7 anos)
- E depois o que fazemos com os bonecos?
- Colamos e enfeitamos o balão. (Diogo, 7 anos)
Como os alunos não conseguiam prever o que iríamos fazer com aquele material, procedi à explicação e levantei a questão – problema: “O balão friccionado atrai os bonecos de papel?” Houve alunos que perguntaram logo o que era isso e expliquei que tinham que esfregar o balão nas suas roupas e depois verificar se os bonecos de papel eram atraídos, se ficavam pegados ao balão.
Cada chefe registou as previsões do seu grupo, encheram o balão de ar e iniciaram a tarefa de o friccionar.
De início os alunos não conseguiam efectuar o movimento necessário para friccionar o balão e foi necessário exemplificar e ajudar cada aluno nessa tarefa. Depois de perceberem o entusiasmo era notório nas suas caras. Queriam ver o que acontecia e sempre que um grupo conseguia atrair os bonecos era uma festa na sala de aula e os outros continuavam a friccionar cada vez com mais força para também eles atingirem o objectivo da tarefa.
Depois de verificarem o sucedido foi o momento de passar ao registo do observado e de reflectir.
O João (6 anos) ficou encantado com a experiência e dizia:
- Parece magia, professora!
O Diogo (7 anos) achou que ao esfregarmos o balão na roupa ele aquece, tal como as lâmpadas ficam quentes com a electricidade. E se colocarmos o balão perto da lâmpada ele também pega. A Diana não concordou achando que o balão perto da lâmpada quente iria rebentar.
Expliquei aos alunos que ao friccionarmos o balão cheio de ar na roupa, ele realmente aquece e liberta energia, atraindo os bonecos de papel. A esta energia chama-se electricidade estática e todos certamente já a sentiram quando ao sair do carro apanham um choque, quando ao despir uma blusa ou ao pentear ficam com os cabelos em pé. Os alunos começaram então a relatar as suas experiências, dizendo que algumas das situações por mim descritas já lhe tinham acontecido. O André (6 anos), que é uma criança bastante reservada, revelou que um dia, quando dava um beijinho à mãe parece que apanhou um choque. Dei-lhe os parabéns pela sua intervenção e expliquei que isso também é uma descarga de energia, tal como o sucedido com os balões na sala de aula.
Após este pequeno diálogo com os alunos sugeri que experimentassem voltar a friccionar o balão e depois o chegassem perto dos cabelos das meninas para verificarem o que sucedia.
Ao fazê-lo, verificaram que os cabelos de algumas meninas ficavam completamente em pé. Por fim foi altura de efectuar o registo das conclusões tiradas depois da experimentação, observação, diálogo e partilha de conhecimentos.
vou fazer essa experiencia do balão no cabelo!!
ResponderEliminar;) <3