sábado, 10 de julho de 2010

Boas Férias

Foi um ano excepcional!


Difícil no início, não só devido à distância a que me encontro de casa, mas também devido às dificuldades de adaptação dos meus alunos. Não foi tarefa fácil meter esta gentinha a trabalhar e a cumprir regras de sala de aula...
Mas depois os reusltados começaram a surgir... todos aprenderam a ler, a escrever e a contar... todos aprenderam a estar juntos, a partilhar... a gostar da escola... juntos aprendemos muitas coisas... Foi bom estar aqui e conhecer-vos...
Foi bom o tempo que passámos juntos... Foi bom divertimo-nos juntos...Foi bom aprendermos juntos...Foi bom sermos amigos...
Boas férias e até Setembro...
Beijinhos já cheios de saudade da vossa professora amiga.

Dia do Ambiente

De 7 a 9 de Junho decorreu, no espaço de convívio da EBI de Barrancos, a exposição de trabalhos dos alunos do 1.º, 2.º e 4.º ano, no âmbito da Área de Projecto "Natureza é vida!". Trabalhos elaborados a partir de materiais reutilizáveis.



Festa fim de ano

Dia 17 de Junho à tarde realizou-se a nossa festa de final de ano.

Não faltaram as canções, os poemas, as dramatizações,... a alegria e... o lanche com os pais!

Foi uma tarde bem divertida!!


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Visita de estudo - Zoo Marine

E, finalmente, no último dia de aulas, fomos ao Zoo Marine.
Um dia para mais tarde recordar...


Sarau gímnico

Dia 17 de Junho, pela manhã, dirigimo-nos ao ginásio para participar no Sarau Gímnico.

Ida à Piscina

 No dia 16 de Junho teve início a Semana  Cultural da escola. Na parte da manhã fomos à Piscina Municipal, seguindo-se depois o almoço das Línguas na escola (Inglês, Português e Francês).


Ensino Experimental das Ciências no 1.º Ciclo

 Num mundo em constante mudança, num mundo em que a informação está ao dispor de todos, à distância de um simples clic, é necessário que a escola prepare as crianças para esta realidade, dotando-as de capacidades como pensamento e atitude crítica, autonomia e responsabilidade, no fundo que crie cidadãos críticos e activos na vida em sociedade.

O ensino das ciências experimentais pode contribuir para esta tarefa escolar. As ciências experimentais e o trabalho investigativo permitem à criança desenvolver as suas capacidades cognitivas, melhoram a qualidade das aprendizagens no domínio da comunicação e das ciências, permitem ainda o desenvolvimento de competências para resolver problemas do quotidiano e que as crianças se tornem mais reflexivas. Deste modo as crianças tornam-se pensadores activos e críticos, desenvolvem competências sociais, promovem a sua auto-estima, motivação, autonomia e capacidade de tomar decisões e lidar com o insucesso de forma mais positiva. As crianças vivem a aprendizagem com alegria e elevada satisfação pessoal.

Daqui decorre a importância dada a este tipo de actividades pelo Currículo Nacional do Ensino Básico – Competências essenciais, 2001:

“(…) pretende-se que todos se vão tornando observadores activos com capacidade para descobrir, investigar, experimentar e aprender.” (pág.102)

“A curiosidade infantil pelos fenómenos naturais deve ser estimulada e os alunos encorajados a levantar questões e a procurar respostas para eles através de experiências e pesquisas simples.

Os estudos a realizar terão por base a observação directa, utilizando todos os sentidos, a recolha de amostras, sem prejudicar o ambiente, assim como a experimentação.

É importante que, desde o início, os alunos façam registos daquilo que observam.” (pág.115)



Também no Programa do 1.º ciclo do ensino básico (1990) se dá importância à realização de experiências, quer ao nível dos objectivos gerais como dos princípios orientadores do programa de Estudo do Meio:

“Assim, será através de situações diversificadas de aprendizagem que incluam o contacto directo com o meio envolvente, da realização de pequenas investigações e experiências reais na escola e na comunidade, bem como através do aproveitamento da informação vinda de meios mais longínquos, que os alunos irão apreendendo e integrando, progressivamente, o significado dos conceitos.”(pág.102)

“- Utilizar alguns processos simples de conhecimento da realidade envolvente (observar, descrever, formular questões e problemas, avançar possíveis respostas, ensaiar, verificar), assumindo uma atitude de permanente pesquisa e experimentação.”(pág. 103)

Desta forma, e também através dos programas de formação para professores do 1.º ciclo nesta área, o Ensino Experimental das Ciências tem vindo a ser implementado como metodologia de desenvolvimento da área de Estudo do Meio e, indirectamente, de todas as outras áreas, favorecendo o aluno na construção do seu próprio conhecimento. Neste contexto, o professor deverá criar um ambiente propício e favorável à aprendizagem, um ambiente onde impere a cooperação, a participação, a comunicação e a reflexão. Só desta forma se poderá desenvolver nos alunos aprendizagens significativas, aprendizagens científicas de qualidade e atitudes favoráveis ao ensino e à aprendizagem das Ciências. Se o papel do professor passa por orientar e ajudar os alunos, colocando questões essenciais que os levem a reflectir e a procurar respostas, tornando-se facilitador de aprendizagem, o papel do aluno passa por este se tornar mais activo na busca de respostas e na construção do seu próprio conhecimento.

Para que estes propósitos se concretizem, é necessário que o professor tome consciência do contributo das actividades experimentais e estimule na sala de aula a criatividade, a curiosidade e a autonomia dos alunos, adoptando estratégias diversificadas que permitam à criança actividades de experimentação, que fomentem a interdisciplinaridade através do ensino das Ciências, privilegiando o trabalho a pares ou de grupo, uma vez que este favorece o trabalho cooperativo, a habilidade de resolver problemas e a socialização dos alunos.

Apesar de todas as orientações ministeriais e de todos os estudo efectuados sobre o assunto, o Ensino Experimental das Ciências continua sem ser uma realidade generalizada nas nossas salas de aula, é necessário que a formação contínua continue a chegar cada vez a mais professores, de forma a dotá-los da segurança necessária à realização destas tarefas e a consciencializá-los sobre os contributos desta metodologia para a formação integral dos nossos alunos.



Electricidade estática

 Já decorria o mês de Junho quando realizáos a actividade experimental sobre Electricidade Estática, desta vez apenas com a participação dos alunos do 1.º ano.
 Fizemos trabalho a pares, faltavam muitos alunos e alguns grupos ficaram com três elementos. A sala foi preparada para a realização da experiência e em cima de cada mesa foi colocado um pedaço de papel onde cada aluno deveria desenhar “o que achas que é a electricidade?”, um balão e pequenos bonecos de papel.
A tarefa teve início com o desenho que cada aluno elaborou sobre a electricidade, foi interessante verificar as concepções que cada um tem, uns desenharam os candeeiros, outros a televisão, um aluno desenhou os fios e escreveu que a electricidade são as correntes eléctricas, outro desenhou a luz, outro desenhou o candeeiro, a televisão, a tomada.

Passamos depois para a actividade experimental preparada, colocando a questão aos alunos:

- O que vamos fazer com o balão e com os bonecos?
-Meter os bonecos dentro dos balões. (Ruben, 6 anos)
- Encher os balões. (Diogo, 7 anos)
- E depois o que fazemos com os bonecos?
- Colamos e enfeitamos o balão. (Diogo, 7 anos)

Como os alunos não conseguiam prever o que iríamos fazer com aquele material, procedi à explicação e levantei a questão – problema: “O balão friccionado atrai os bonecos de papel?” Houve alunos que perguntaram logo o que era isso e expliquei que tinham que esfregar o balão nas suas roupas e depois verificar se os bonecos de papel eram atraídos, se ficavam pegados ao balão.

Cada chefe registou as previsões do seu grupo, encheram o balão de ar e iniciaram a tarefa de o friccionar.

De início os alunos não conseguiam efectuar o movimento necessário para friccionar o balão e foi necessário exemplificar e ajudar cada aluno nessa tarefa. Depois de perceberem o entusiasmo era notório nas suas caras. Queriam ver o que acontecia e sempre que um grupo conseguia atrair os bonecos era uma festa na sala de aula e os outros continuavam a friccionar cada vez com mais força para também eles atingirem o objectivo da tarefa.




Depois de verificarem o sucedido foi o momento de passar ao registo do observado e de reflectir.

O João (6 anos) ficou encantado com a experiência e dizia:

- Parece magia, professora!

O Diogo (7 anos) achou que ao esfregarmos o balão na roupa ele aquece, tal como as lâmpadas ficam quentes com a electricidade. E se colocarmos o balão perto da lâmpada ele também pega. A Diana não concordou achando que o balão perto da lâmpada quente iria rebentar.

Expliquei aos alunos que ao friccionarmos o balão cheio de ar na roupa, ele realmente aquece e liberta energia, atraindo os bonecos de papel. A esta energia chama-se electricidade estática e todos certamente já a sentiram quando ao sair do carro apanham um choque, quando ao despir uma blusa ou ao pentear ficam com os cabelos em pé. Os alunos começaram então a relatar as suas experiências, dizendo que algumas das situações por mim descritas já lhe tinham acontecido. O André (6 anos), que é uma criança bastante reservada, revelou que um dia, quando dava um beijinho à mãe parece que apanhou um choque. Dei-lhe os parabéns pela sua intervenção e expliquei que isso também é uma descarga de energia, tal como o sucedido com os balões na sala de aula.
Após este pequeno diálogo com os alunos sugeri que experimentassem voltar a friccionar o balão e depois o chegassem perto dos cabelos das meninas para verificarem o que sucedia.



Ao fazê-lo, verificaram que os cabelos de algumas meninas ficavam completamente em pé. Por fim foi altura de efectuar o registo das conclusões tiradas depois da experimentação, observação, diálogo e partilha de conhecimentos.

Actividade experimental - A dissolução

A segunda actividade experimental teve também a participação dos alunos finalistas do ensino pré-escolar, mas desta vez o grupo da educadora Fátima.


A turma foi dividida em 5 grupos.
 A disposição da sala manteve-se inalterável, uma vez que desta vez foi opção realizar uma única experiência que todos pudessem observar em simultâneo. Foi eleito um chefe de grupo, responsável pela moderação da discussão em grupo e por comunicar à turma e à professora as opiniões e descobertas do seu grupo.
Em cima de uma das mesas da frente foram colocados os sacos com os diversos materiais a testar (sal, açúcar, farinha, arroz e areia), os copos graduados, as varetas para mexer e a água.


Para iniciar a tarefa os alunos colocaram-se à volta da mesa preparada para a actividade experimental. Solicitei que observassem e descrevessem os materiais que se encontravam em cima da mesa para posteriormente os identificarem, apenas houve dificuldade na identificação do sal e do açúcar, as crianças confundiram um material com o outro. Após esta fase questionei os alunos sobre o que iríamos fazer com aquilo. Não houve dificuldades em responder que íamos misturar os materiais na água.

- Como acham que vamos fazer?
- Temos que por a água nos copos. (Ruben, 7 anos)
- E depois, o que fazemos com o açúcar, o sal, o arroz, a farinha e a areia?
- Metemos tudo dentro dos copos. (Francisco, 6 anos)
- Mas, tudo em todos os copos?
- Não, acho que não. (José, 6 anos)
- E porquê?

Depois de alguma renitência na resposta, alguém disse que se puséssemos tudo em todos os copos não podíamos ver se as coisas se misturavam.

Deste modo passámos à fase de previsão dos acontecimentos.

- O que acham que vai acontecer ao açúcar quando o colocarmos dentro do copo graduado?

Alguns grupos disseram que o açúcar ia desaparecer na água, mas outros não concordaram com esta previsão.

- E ao sal? E à areia? E ao arroz? E à farinha?

Cada chefe de grupo ouviu os colegas, respondeu a cada questão colocada e efectuou o registo na sua folha de actividade experimental.

Foram chamadas 3 crianças do 1.º ano e 2 do pré-escolar para proceder à experimentação. Depois de colocada a mesma quantidade de água em cada copo graduado, cada criança colocou uma colher de cada um dos materiais a testar e começou a mexer com a vareta.

As crianças começaram rapidamente a ver que alguns materiais estavam a “desaparecer” na água e outros não. Os alunos que tinham o açúcar e o sal deram rapidamente por concluída a sua tarefa, os outros não queriam parar de mexer e foi necessário estipular um tempo para que todos parassem, queriam que todos os materiais se dissolvessem da mesma forma que o açúcar e o sal.
Depois de colocadas as questões sobre o que aconteceu a cada um dos materiais, procedeu-se ao registo do observado na folha de registo da actividade experimental, passando em seguida para o registo das conclusões que os alunos tiraram do experimentado e observado, nomeadamente que o arroz e a areia não se dissolvem e que o açúcar, o sal e a farinha se dissolvem.

- Mas então o que é isso de dissolver?
- É desaparecer na água. (Diana, 6 anos)
- Acham mesmo que os materiais desapareceram? Observem bem.
- O açúcar não se vê, nem o sal. (Carolina, 5 anos)
- E a areia e o arroz?
- A água ficou suja. (Dara, 5 anos)
- Mas não desapareceram. (Diogo, 6 anos)
- E a farinha deixou a água toda branca. (Margarida, 7 anos)
- Será que desapareceram mesmo? Não há forma de conseguirmos provar que eles continuam na água?
- Podemos provar a água. (Tomás, 5 anos)
- E se provarmos a água o que acontece?



Os alunos ficaram um pouco baralhados com esta pergunta, ficando tudo em silêncio e tive que clarificar melhor a questão.

- Se provarmos a água onde dissolvemos o açúcar, como sabemos que o açúcar continua lá?
- A água é doce. (Margarida, 7 anos)
- E a água que tem o sal é salgada. (Diogo, 7 anos)
- E vocês já alguma vez viram alguém dissolver algum material? Em casa, no café?

Alguns alunos conseguiram verificar que quando põem açúcar no leite estão a dissolvê-lo e perceberam assim que este não desaparece, mas dá sabor ao leite. O Fábio referiu que bebe sempre leite quente e que o açúcar se dissolve logo. Expliquei que a temperatura da água ou do leite (solventes) tem influência na maneira como os solventes se dissolvem na água. Aproveitando esta afirmação do aluno passámos à segunda questão – problema: “Materiais diferentes dissolvem-se do mesmo modo em água?”. Usando os mesmos materiais a testar e o mesmo solvente (água) previmos qual seria o primeiro material a dissolver-se totalmente na água e o chefe de cada grupo efectuou o registo da opinião do grupo na folha de registo e comunicou à turma a opinião do grupo. Uma vez que não existia consenso, passámos da fase de discussão das previsões à fase da experimentação, procedendo exactamente da mesma que na primeira questão – problema, mas agora preocupados em verificar qual seria a ordem de dissolução dos diferentes materiais, mexendo entre 10 a 15 minutos. Após a realização da primeira parte da experiência, os alunos rapidamente conseguiram verificar que o açúcar era o primeiro a dissolver-se totalmente, em seguida o sal e posteriormente a farinha que considerámos dissolver-se parcialmente, uma vez que a mexer ela dá cor à agua e parece misturar-se. A areia e o arroz considerámos quase não se dissolverem, uma vez que a sua composição permite também dar cor à água, mas o material fica todo no fundo do copo graduado, mesmo quando se está a mexer. Desta forma, os alunos procederam ao registo do observado na tabela da sua folha de registo.

Como forma de terminar a tarefa e, como se trata de alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ano de escolaridade, procedeu-se à ilustração dos materiais que se dissolvem, dos materiais que se dissolvem parcialmente e dos materiais que quase não se dissolvem.










Actividades experimentais - A Flutuação

 Iniciámos no mês de Maio as actividades experimentais. As primeiras foram realizadas com a colaboração e participação das crianças do pré-escolar, os finalistas das salas da educadora Fátima e da educadora Natércia, que nos voltaram a visitar. Esperamos que tenham gostado das experiências e que tenham aprendido algumas coisitas sobre Ciência.
 O grupo da educadora Natércia participou na experiência - A Flutuação.
A turma foi dividida em 4 grupos de 4 alunos do 1.º ano e um aluno do pré-escolar e um grupo com 4 alunos do 1.º ano e 2 do pré-escolar.
 A sala foi preparada para trabalhar em grupo, disposição com que a maioria dos alunos já trabalha no dia-a-dia. Em cima das mesas de trabalho foi colocado o material necessário à realização da experiência: tina com água e diverso material a testar.

- Alguém sabe o que vamos fazer com os objectos que têm em cima da mesa?

A maioria dos alunos respondeu que os iam colocar dentro de água.
Então perguntei:
- Para quê? O que será que acontece se colocarem os objectos dentro de água?
- A água fica vermelha. (Francisco, 6 anos)
- Porquê? – Interroguei.
- Porque fica da cor da plasticina.
- Ah! E as colheres são para mexer! (Diogo, 7 anos)
- E o resto dos objectos? – Questionei.
A Alexandra (6 anos) respondeu logo: - Não, professora, vamos pô-los todos dentro de água.
- Então, se pusermos tudo dentro de água o que acontece?
- A afia vai logo ao fundo. (João, 6 anos).
- Então achas que a afia flutua?
- Não, não flutua. (Pilar, 6 anos)
- Porquê? O que é isso de não flutuar?
- É afundar. Disse o Fábio.
- E flutuar, o que é?
- É ficar em cima. (Luís, 5 anos)
- Quando eu vou à natação o meu professor atira coisas para dentro da piscina e eu tenho que ir lá a baixo apanhá-las. (Ruben, 7 anos).
- E essas coisas que o teu professor atira à água, flutuam ou não?
- Não. – Responderam alguns alunos.

Perante esta situação perguntei aos alunos do pré-escolar presentes o que achavam que iria acontecer aos objectos que tinham em cima das mesas. Os mais desinibidos disseram que algumas coisas iam ao fundo. Sugeri então que em cada grupo, as crianças do pré-escolar formassem o conjunto dos objectos que iam ao fundo e o conjunto dos abjectos que eles achavam que iam flutuar.
Inicialmente os alunos revelaram alguma resistência à tarefa, pois o facto de se encontrarem fora do seu contexto habitual, levou-os a ficar um pouco mais reservados. No entanto, com algum incentivo da minha parte e da educadora de infância presente a tarefa lá se iniciou. Surgiu depois alguma discussão no seio de cada grupo uma vez que alguns alunos do 1.º ano não concordavam com os grupos formados pelos colegas, o que necessitou de uma intervenção um pouco mais activa por parte da professora, a pouco e pouco lá foram chegando a consenso e passaram à fase de registo das previsões de cada grupo.





Em seguida iniciámos a fase da experimentação, tendo sido sugerido que cada elemento colocasse à vez um objecto dentro de água, verificassem em grupo o que acontecia e efectuassem logo o registo, só depois passando para o objecto seguinte.

Após o término da actividade experimental questionei:
- Aconteceu o que esperavam em todos os objectos?
- Não, nós pensávamos que a rolha afundava e ela ficou em cima da água. – Disse o Fábio.
- E nós pensávamos que o clipe flutuava e ele não flutua. (Maria Margarida, 7 anos).
- Nós acertámos em todos. (Margarida, 6 anos) muito orgulhosa.



- Porque é que acham que a rolha fica à superfície da água?
- Porque é leve. (Diana, 6 anos).
- Porque só os objectos de metal é que afundaram. (Pilar, 6 anos)
- Porque não tem força, é fraquinha. (Ruben, 7 anos).
- Então quem acham que tem mais força, a rolha ou a água?
- A água. – Respondeu o Fábio.
- Pois, é verdade, a água faz força para levantar os objectos. E nos que não flutuam, acham que a água também faz força?
- Não, se fizesse eles também ficavam em cima. – Respondeu o Francisco – E são os pesados que vão ao fundo, eles têm mais força.

Os alunos passaram depois à fase de registo de conclusões que poderiam tirar a partir das observações efectuadas na experimentação.
O clipe, a colher de metal, a afia e a plasticina não flutuam. Porquê? A rolha e a colher de plástico flutuam. Porquê?
Nesta fase, todos os grupos concluíram que os objectos leves flutuam e os objectos pesados ou de metal não flutuam.
Partimos então para a 2.ª questão – problema:
- Ainda se lembram, quando colocaram a barra de plasticina o que aconteceu?
- A plasticina foi ao fundo. (Valter 6 anos).
- Acham que ela é leve ou pesada?
- É pesada. – Disse o Valter.
- Vou pedir-vos que moldem a plasticina e a transformem num pequeno barquinho.
- O que acham que vai acontecer quando colocarem o barquinho dentro de água?
- Fica em cima. (Carolina, anos)
- Porquê, Carolina?
- Os barcos ficam em cima. - Respondeu a criança.
- Eu acho que o barco vai afundar, ele também é pesado. (Carolina, 7 anos)

Depois de efectuarem o registo da previsão de cada grupo, as crianças colocaram os barquinhos de plasticina na água.


- Aconteceu o que previam ou não? Efectuem o registo do que observam na vossa folha de registo.
A maioria dos grupos tinha assinalado que a plasticina não iria flutuar, tal como o que havia sucedido enquanto barra não moldada.
- Porque acham que a barra não flutua e o barco flutua?
- Porque o barco é mais leve. (Diogo, 7 anos)
- Mas, fizeste-o com menos plasticina?
- Não…
- Então como ficou mais leve? Acham que é devido ao peso que o barco passou a flutuar?
-Não.
- O que fizemos à barra de plasticina?
- Moldámos.
- Muito bem, moldámos a plasticina e assim aumentámos a superfície em contacto com a água.
- E se colocarmos os objectos pequenos dentro do barquinho, o que será que acontece?
- Efectuem o registo das vossas previsões na tabela.
Sugeri em seguida que colocassem os objectos pequenos dentro do barco e verificassem o que acontecia, para posteriormente efectuarem o registo das suas observações na tabela.
Todos os grupos previram que o barco de plasticina com o clipe e a afia lá dentro não ia flutuar, uma vez que a água ia entrar pelas paredes do barco. Os alunos conseguiram prever esta situação porque aquando da colocação dos barcos dentro de água nem todos flutuavam, verificámos que o problema se prendia com a profundidade do barco e tivemos que alterar a sua forma.



Por fim chegámos ao registo das conclusões, nesta fase os alunos tiveram muitas dificuldades em compreender o que tinha acontecido. Os conhecimentos prévios que detinham sobre a matéria não eram os mais correctos, como podemos analisar nas conclusões tiradas na 1.ª questão – problema, o que dificultou o término da tarefa. No entanto, e tendo em conta a idade dos alunos intervenientes, considero que as conclusões tiradas pelos alunos foram adequadas. Os alunos concluíram que o facto de terem moldado a barra de plasticina não alterou o peso da mesma, logo ela passou a flutuar porque tinha outra forma, foi “esticada”.

Dia da Criança


 Depois de mais um longo afastamento, cá estou de volta para vos mostrar as actividades realizadas pelos alunos do 1.º ano da EBI de Barrancos no decorrer do mês de Junho.
Deixo-vos as fotos do Peddy - Paper realizado no Dia da Criança. Uma actividade muito apreciada pelas crianças...